A pergunta " Tem a política algum sentido? " , lançada por Hannah Arendt há mais de cinquenta anos, torna-se cada dia mais atual. Obviamente, a pergunta não é nova, mas, feita hoje, incorpora contornos que não tinha décadas atrás. Para teóri-cos políticos contemporâneos como Jacques Rancière, o tema obsessivo do " fim " e, entre eles, o " fim da política " , está relacionado à subtração do político. Subtração que, segundo o autor fran-cês, pode ser descrita de duas maneiras: por um lado, como uma redução do político à sua função consensual, pacificadora de nexo entre os indiví-duos e a coletividade, ao descarregá-los do peso e dos símbolos da divisão social; por outro lado, como uma supressão dos símbolos da divisão
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Bringel, B., & Espiñeira, M. V. (2008). Movimentos sociais e política: releituras contemporâneas. Caderno CRH, 21(54), 419–422. https://doi.org/10.1590/s0103-49792008000300001
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