RESUMO Atualmente o Brasil é o maior produtor de coco verde, com uma área plantada equivalente a 57 mil hectares, onde a maior parte da parte da produção (66,5%) se concentra na região Nordeste. O descarte do coco depois do consumo da água representa um problema para os sistemas de coleta e tratamento de lixo, pela sua lenta degradação devido ao alto teor de fibras. Neste trabalho são mostrados os resultados da pirólise lenta da fibra e da casca do coco verde. Os experimentos foram conduzidos em um forno experimental de pequena capacidade, a uma temperatura de 350°C. Os resultados mostraram que o rendimento em carbono fixo foi de 74,43% para o endocarpo verde e 58,07% para o mesocarpo verde. O teor de cinzas, para as mesmas amostras, foi de 14,13% e 13,03%, respectivamente. Os teores de voláteis foram de 11,40% para o carvão obtido do endocarpo verde e, de 28,90% para o carvão obtido do mesocarpo verde. Ficou demonstrado que o resíduo do coco verde apresenta potencial para a produção de carvão vegetal. Porém ainda é preciso estudar o rendimento, utilizando para isto, sistemas em maior escala, avaliando também o emprego integral (casca e fibra), além de estudos econômicos que considerem os custos de logística e acondicionamento.
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CORTEZ, L. A. B., PEREZ, J. M. M., ROCHA, J. D., JORDAN, R. A., & MESA, H. R. M. (2009). PROCESSAMENTO DE CASCA E FIBRA DE COCO VERDE POR CARBONIZAÇÃO PARA AGREGAÇÃO DE VALOR / PROCESSING OF COCONUT SHELL AND FIBER FOR ADDING VALUE. Revista Brasileira de Engenharia de Biossistemas, 3(1), 21. https://doi.org/10.18011/bioeng2009v3n1p21-30